terça-feira, 28 de julho de 2009

Paredes de Coura - Dia 4

Neste último dia de festival existem vários motivos para permanecer pela Praia Fluvial do Tabuão, embora os motivos não sejam tão fortes quanto os de dias anteriores.

Um dos concertos mais esperados, na minha óptica, será o de Manuel Cruz no seu projecto Foge Foge Bandido. Foi nos Ornatos Violeta que Manuel Cruz se começou a destacar e a ganhar tanto o reconhecimento por parte da crítica como a adoração por parte dos seus fãs. Hoje é visto como uma das principais figuras no pânorama musical nacional da última década, o que coloca o músico numa outra dimensão. Este seu novo projecto a solo ainda só conhece um registo, O Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu Que Estraguei. É um trabalho não so feito de canções, mas também feito de momentos, o que revela a enorme capacidade de Manuel Cruz de ser não só músico, mas também artista. De relatos a experiências sonoras, este trabalho é sobretudo uma amostra da exploração e da reinvenção de que Manuel Cruz andou atrás nestes últimos anos. Daí a espectativa de o voltar a ver em palco, neste caso a solo.

The Right Ons, banda espanhola da Corunha, é de facto uma surpresa devido a sua sonoridade não muito comum entre os Nuestros Hermanos: indie rock cheio de ritmo e bastante funky.
A sua música é uma lufada de ar fresco, mas não suficientemente fresco para nos chamar demasiado a atenção. Na bagagem trazem o seu último álbum, Look Inside, Now!
Uma banda que promete pôr algumas ancas a mexerem no Minho.

De seguida entram em palco Howling Bells, mais uma banda da fornada Indie/Electrónica Inglesa. Uma banda que tem alguns temas interessantes mas que não agarram o ouvinte à primeira. Daí prever que o seu concerto em Paredes de Coura não vá resultar da melhor forma, ainda para mais depois de uma banda como os The Right Ons. Poderá tornar-se um concerto aborrecido para quem espera por The Hives e para quem anseia ver Jarvis Cocker. Provavelmente a banda mais deslocada no cartaz deste dia, a par de Manuel Cruz.
Uma banda com alguns aspectos interessantes mas pouco mais do que isso.

Jarvis Cocker, ex-membro dos Pulp e The Weird Sisters, empresta o seu nome ao cartaz. E muito agradecem os seus fãs portugueses que já esperavam uma passagem a solo pelo nosso país, para apresentar oficialmente tanto Further Complications como Jarvis.
A sonoridade deste músico britânico tem muito do Pop/Rock Alternativo de Nick Cave, mas sem nunca se esquecer do seu lado mais melancólico e introespectivo , o que faz dele um Song-Writer bastante abrangente.
Jarvis Branson Cocker, que para além de músico é também realizador e crítico de arte, promete dar um grande concerto e mostrar o porquê da sua fama.

E a acabar a noite no Palco Nokia, The Hives. A banda de Pelle Almqvist é, de facto, uma grande mais valia para este cartaz. Vocalista bastante carismático e uma carreira pautada com grandes sucessos.
Esta é a terceira vez num espaço de dois anos que a banda vem a Portugal, e quem já viu The Hives ao vivo sabe que os seus concertos são bastante energéticos. No entanto, julgo que a banda não se insere muito bem no espírito de um festival como Paredes de Coura, sendo mais uma banda de sala. Digo isto porque foi notória a diferença do seu concerto no Coliseu dos Recreios em 2008 para o concerto no Optimus Alive 2008. Nada que os impeça de darem um concerto poderoso.

No Palco After Hours passarão também Nuno Lopes, comediante português que vem ao festival mostrar as suas valências enquanto DJ, e também Sizo, projecto português de rock electrónico bastante interessante. A noite neste palco fica muito abaixado do esperado.

Já no Jazz na relva teremos nesse dia o guitarrista Manuel D'Oliveira com o seu mais recente trabalho Amarte, onde a música tradicional portuguesa se funde com o Flamenco, Jazz e música Celta.

Paredes de Coura - Dia 3

Vamos ao terceiro dia deste festival, que muito provavelmente ficará para a história dos palcos portugueses. Mas já lá vamos.

O Palco Nokia irá abrir neste dia com Mundo Cão, uma banda de rock portuguesa com uma onda dark e em que qualquer semelhança nas letras com os trabalhos de Adolfo Luxúria Canibal, é mais que uma simples coincidência... Têm um novo trabalho a mostrar nos palcos nacionais e servirá sobretudo para começar a aquecer o público para o que virá.
Actuarão a seguir os Portugal.The Man, uma banda que apresenta os seus trabalhos de um género alternativo em que se nota uma grande influência do post-hardcore que marcou o seu início de carreira. Será seguramente uma agradável surpresa para muitos, ainda para mais com a sensação de viajar típica de uma certo nicho do post-hardcore. Trarão consigo os dois álbuns lançados na última semana, The Satanic Satanist e The Majestic Majesty.
Iniciando-se a fase nocturna, irão actuar os Blood Red Shoes, mais uma banda indie rock proveniente de Inglaterra. Este duo promete animar as hostes, com o seu trabalho influenciado por grupos norte-americanos ligados ao rock e punk.
Para começar a fase dos consagrados nesta noite, entrará então em acção Peaches. Com o glam-rock/electroclash com muitas referências sexualmente explícitas, a primeira sensação que fica é que esta presença no cartaz destoa um pouco. De qualquer modo, haverá com certeza grandes doses de animação.
Para concluir esta noite, o nome principal do dia, Nine Inch Nails. E se no início do texto me referi a poder fazer-se história, é esta a razão. Trent Reznor já disse que esta série de espectáculos na europa será a última e que posteriormente a tour americana marcará o fim da banda. E a história será possível exactamente por isso, por marcar o último espectáculo de Reznor em Portugal, o último espectáculo de um dos maiores artistas da sua geração e que manteve sempre uma posição de força contra a indústria discográfica. Tendo em conta todas as "condicionantes", espera-se um alinhamento correspondente a um verdadeiro "best of" de Nine Inch Nails.

No Palco After-Hours, iremos ter a presença de Kap Bambino e Punks Jump Up. Kap Bambino, é um duo francês conhecido pela sua electrónica com toques metálicos e pelas suas actuações ao vivo com uma energia muito fora do comum. O segundo grupo, trabalha à base de remixes de outros artistas, o que poderá ser muito interessante para os apreciadores do género de trabalhos.

O Jazz na Relva irá contar com a presença dos Space Ensemble, um colectivo do Porto, cuja amálgama de instrumentos incomuns se torna estranhamente atractiva.

Paredes de Coura - Dia 2

Ora chegados ao segundo dia deste festival, prosseguimos com a toada de rock alternativo já típica deste festival.

Começam por subir ao palco Nokia os The Temper Trap, já com três trabalhos publicados neste ano e que trazem a sua onda indie rock a Paredes de Coura. Seguir-se-ão os The Pains of Being Pure at Heart, com o seu indie rock/noise pop, apresentando o seu primeiro álbum com um certo cheiro a pop dançável.
Chegando à fase nocturna e com certeza a aproximar-se a hora dos artistas mais esperados, subirão ao palco os The Horrors. Apesar de apresentados como uma banda de garage rock, a sua sonoridade parece muito próxima de conceituados como The Editors ou Interpol, com um toque de obscuridade muito atractivo. Irão apresentar o seu segundo trabalho de originais, Primary Colours muito bem recebido pela crítica e espera-se que também pelo público nacional.
E chegará então a hora dos nomes já conceituados. Em primeiro lugar aparecerão os Supergrass, já com uma longa carreira (mais de 15 anos), representando a vertente britpop, é de apostar num alinhamento que funcione um pouco como compilação da carreira, dado que o lançamento do último álbum foi ainda no primeiro trimestre de 2008. Sente-se claramente que iremos ter um som com mais potência e irá criar-se um ambiente mais "rock fest".
E para fechar a noite deste palco em grande, quem mais se não os já muito elogiados Franz Ferdinand. Com um álbum lançado este ano (cuja análise pode ser vista aqui), prometem não deixar ninguém indiferente e eles sim, deixar toda a gente com vontade de se mexer no recinto. Não deverão ficar de fora obviamente os grandes "hits" do passado da banda, mas o foco será seguramente no último trabalho. Destes senhores esperam-se grandes coisas e certamente não irão desiludir ninguém.

Para quem estiver com forças para ir ao Palco After-Hours, haverão actuações de Holy Ghost! e Crew Lips. Os primeiros, irão certamente dar azo a muito tempo de dança sem parar, com a sua electrónica. Já a segunda actuação, lamento mas não foram encontradas informações. Se alguém as possuir, ficaremos gratos por nos serem transmitidas.

Ainda uma referência ao Jazz na Relva, onde haverá actuação de Qaije e Sergio Carolino.

Paredes de Coura - Dia 1

Primeiro dia de Paredes de Coura. O que esperar?

O dia começa com Sean Riley & The Slowriders. Este colectivo de Coimbra há muito que já merecia um grande palco para mostrar o seu valor.
Trazem ao Minho dois álbuns já editados, o aclamado Farewell e o novíssimo trabalho Only Time Will Tell. O seu Folk é de facto bastante cativante e mais importante que tudo, vê-se que é feito com gosto. O sentimento está lá. Oportunidade mais do que merecida.

The Strange Boys, ainda a darem os primeiros passos neste mundo e já a terem de enfrentar o exigente público de Paredes de Coura. Esta banda de Garage Revival oriunda de Austin, Texas, conta apenas com uma publicação, And Girls Club. No entanto o seu trabalho foi muito bem recebido pela crítica. O seu som é bastante característico, com influências claras em bandas como os Beach Boys. A sua música parece mesmo sair algures de uma grafonola, o que cria um ambiente bastante nostálgico. Todos estes factores fazem com que estejamos com uma certa água na boca para assistir ao seu concerto.

Sobe ao palco Patrick Wolf. Este rapaz de 26 desde cedo se encontra inserido no meio musical, tenho mesmo saído de casa aos 16 anos para perseguir o seu sonho, a música. Vem a Paredes de Coura já com cinco álbuns editados, sendo o último The Conqueror. A ver vamos se satisfaz os fãs e agarra o resto do público.

A acabar a noite no Palco After Hours, Bons Rapazes, ou seja, Miguel Quintão e Álvaro Costa. Estes senhores vêm fazer uma espécie de DJ set ao seu estilo, dentro do seu estilo.

Um dia que, certamente, não deixará muitas saudades entre festivaleiros.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Os festivais que ainda estão para vir

Ora então, para todos os que ainda procuram um destino de férias mais musical, aqui fica uma lista para o que sobra neste verão:

Paredes de Coura, 29/30/31 de Julho e 1 de Agosto - Praia Fluvial do Tabuão (Paredes de Coura)
Rock One, 5/6/7/8 de Agosto - Autódromo Internacional do Algarve (Portimão)
Sudoeste TMN, 5/6/7/8/9 de Agosto - Herdade da Casa Branca (Zambujeira do Mar)
Vagos Open Air, 7/8 de Agosto - Lagoa do Calvão (Aveiro)
Super Bock Surf Fest, 13/14 de Agosto - Fortaleza de Sagres (Sagres)
Festival Ilha do Ermal, 28/29/30 de Agosto - Ilha do Ermal (Vieira do Minho)
Angra Rock, 4/5/6 de Setembro - Angra do Heroísmo (Ilha Terceira)
Vidigueira Jovem, 11/12 de Setembro - Vidigueira
Caos Emergente, 11/12/13 de Setembro - Recarei (Paredes)



Portanto agora, é aproveitar.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

"Guitarra 66"

Uma guitarra feita de viagens, um músico feito de vivências. Uma linha no horizonte que tanto reconforta como desperta. Um homem que vai, um coração que fica. Tó Trips.

Músico já amplamente reconhecido de projectos como Dead Combo e Amen Sacristi, Tó Trips decide lançar o seu primeiro trabalho a solo, Guitarra 66. Este seu álbum é muito da sua vida, o que o torna num trabalho bastante introspectivo. Mostra-nos o seu crescimento como cidadão do mundo e dá-nos a conhecer pelos seus olhos, dedos e guitarra o ritmo que cadencia a vida lá fora. O nome do álbum vem ainda reforçar esta mesma ideia, onde 66 remete para o ano de nascimento de Tó Trips mas também para a Route 66, fazendo assim deste trabalho uma espécie de banda-sonora do percurso já percorrido pelo artista na estrada da sua vida.
Mas como Tó Trips admitiu, este trabalho é também dedicado à sua mulher, Raquel Castro, que aparece na capa, à janela, junto ao Cairo.

Destaco Pinacoolata, que nos traz um sabor latino-americano, ou mesmo Esmoriz, onde nos reconhecemos como Portugal, onde tudo é mar, tudo é ir e voltar.


7.5/10


País: Portugal
Ano: 2009
Editora: Mbari

Myspace

Tracklist:

1. "Guitarra 66"
2. "Pinacoolata"
3. "Traffic"
4. "Spanish Letters"
5. "Rua Da Inquietude"
6. "I Love Your Air"
7. "The Road To Aït Benhaddou"
8. "Old Times On The Balcon Jack"
9. "The Wind Blows"
10. "Ponzo"
11. "Esmoriz"
12. "Electric Marrakesh"

quarta-feira, 22 de julho de 2009

"Octahedron"

E ao quinto álbum, que a banda afirma ser o seu álbum acústico, o nível do grupo mantém-se. Com a qualidade já habitual, com temas a usarem letras muito mais introspectivas, este álbum seguramente agarra qualquer um, desde que aberto a uma nova sonoridade. Como ponto a destacar, a última aquisição do grupo, Thomas Pridgen. Para quem não sabe, este senhor é um baterista muito considerado no meio musical, sobretudo no meio do gospel e com uma técnica muito acima da média. É notório nos últimos trabalhos a sua mão, dando uma nova dimensão ao som da banda com a sua percussão muito característica. E esta secção de bateria tão diferente, em conjunto com o toque genial de Omar e a voz de Cedric Bixler-Zavala, atingiram um nível fantástico neste trabalho.

Há que deixar claro: estes rapazes continuam iguais a si próprios, com uma imprevisibilidade que poucos grupos conseguem ter e que poucos se arriscam a aproveitar. E tudo isto revela talento e criatividade. Criatividade essa que não fica pela parte musical, pois mesmo os títulos das faixas do álbum conseguem mencionar cientistas famosos, paisagens naturais e outras áreas da cultura popular.

A destacar neste álbum, ficam as músicas "Since we've been wrong" (e que diferença se sente entre o momento em que há uma bateria e a parte em que não há!), "Cotopaxi", que claramente marca uma diferença em relação ao restante do álbum, com uma energia explosiva pouco vista neste álbum e "Copernicus", onde se sente muito a utilização do teclado a embelezar a obra.

9.0/10


País: Estados Unidos da América
Ano: 2009
Editora: Warner Bros. Records / Mercury

Myspace

Tracklist:

1. "Since We've Been Wrong" 7:21
2. "Teflon" 5:04
3. "Halo of Nembutals" 5:31
4. "With Twilight as My Guide" 7:52
5. "Cotopaxi" 3:38
6. "Desperate Graves" 4:57
7. "Copernicus" 7:23
8. "Luciforms" 8:22

quarta-feira, 15 de julho de 2009

"Ephemeral"

Dedico este meu serão a disertar breves palavras sobre o novo trabalho dos Pelican. Esta banda de Post e Doom-Metal lançou no passado mês de Junho o seu novo Extended Play, Ephemeral. Veio, assim, trazer novidades aos seus fãs sobre qual o caminho que está a ser desbravado para o aguardado novo álbum.

Com este cheirinho, a banda americana mostra-nos que o seu som está cada vez mais afastado do seu álbum de 2003, sem no entanto se perder toda a emoção que a sua música desperta.
As guitarras estão muito mais pesadas mas o espírito permanece o mesmo. No entanto sente-se que a banda não arriscou muito neste EP, mantendo a linha que os tem guiado na sua carreira.

Ephemeral dá-nos sinais de bom tempo por Los Angeles.


8/10



País: Estados Unidos da América
Ano: 2009
Editora: Southern Lord Records

Myspace - www.myspace.com/pelican

Tracklist:

1. "Embedding the Moss"
2. "Ephemeral"
3. "Geometry of Murder" - (Earth cover)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

"The Eternal"

Após um interregno de três anos no que toca a concepção musical, os Sonic Youth voltam com o seu novo e tão aguardado álbum The Eternal. Porém, a idade parece não afectar a sonoridade do colectivo de New York, que continua a impor ritmo ao seu rock experimental. Este novo álbum é o primeiro pela editora Matador Records e também o primeiro com Mark Ibold, baixista da primeira formação de Pavement.



The Eternal é assim um álbum baseado num rock mais agressivo. "Sacred Trickster" abre o álbum com enorme força, força essa que é aproveitada para músicas como "Anti-Orgasm", "What We Know" e "Poison Arrow".
No fim do álbum surge possivelmente a música mais calma do álbum, "Massage the History" que, talvez pela sua imprevisibilidade, se torna numa das melhores de todo este trabalho.
De salientar também o excelente trabalho de Kim Gordon nas letras que agarrou. Continua a trazer algo de especial à sonoridade dos Sonic Youth.

8.0/10

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País: Estados Unidos da América

Ano:2009

Editora: Matador Records

Myspace


Tracklist:


1. "Sacred Trickster" (Vocals Gordon)
2. "Anti-Orgasm" (Vocals Gordon/Moore/Ranaldo)
3. "Leaky Lifeboat (for Gregory Corso)" (Vocals Gordon/Moore/Ranaldo)
4. "Antenna" (Vocals Moore/Ranaldo)
5. "What We Know" (Vocals Ranaldo/Gordon)
6. "Calming the Snake" (Vocals Gordon)
7. "Poison Arrow" (Vocals Ranaldo/Gordon/Moore)
8. "Malibu Gas Station" (Vocals Gordon)
9. "Thunderclap for Bobby Pyn" (Vocals Moore)
10. "No Way" (Vocals Moore/Ranaldo)
11. "Walkin Blue" (Vocals Ranaldo)
12. "Massage the History" (Vocals Gordon)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Farm"

O que dizer destes senhores? Muito pouco, visto que a sua música diz quase tudo. Banda de Indie Rock com mais de 25 anos, sempre um passo à frente no que toca a experimentalismo, embora um pouco escondida no seu movimento underground. Trabalhos como You're Living All Over Me, Bug e Green Mind pautam a sua carreira reconhecida mesmo pela crítica mais exigente.

Foi através de um vídeo que a banda nos começou a mostrar o caminho do seu novo álbum. I Don't Wanna Go There abriu de tal maneira o apetite pelo novo trabalho que pessoalmente preferia que tivesse sido disponibilizado mais perto da data de lançamento do álbum. Isto para "sofrer" menos tempo.





Farm é assim um álbum feito à figura de Dinosaur Jr.. Tanto nos excita como nos toca. J Mascis continua a criar decibeis de genialidade a partir da sua guitarra, o que de certa forma é notável. Uma banda como os Dinosaur Jr. podia muito bem ter regressado com algo que apenas desse continuidade à sua carreira, algo que os mantivesse "vivos". No entanto a banda recusa-se a seguir o caminho mais fácil e opta por aquele que lhes dá mais gozo, o de explorar o seu som e de continuamente o renascer.
Continuam a mostrar a muito boa gente como é que se faz música. Enough Said.

8.5/10


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País: Estados Unidos da América

Ano: 2009

Editora: Jagjaguwar

Tracklist:


1. "Pieces"

2. "I Want You to Know"

3. "Ocean in the Way"

4. "Plans"

5. "Your Weather"

6. "Over It"

7. "Friends"

8. "Said the People"

9. "There's No Here"

10. "See You"

11. "I Don't Wanna Go There"

12. "Imagination Blind"